16/09/2022 às 09h52min - Atualizada em 16/09/2022 às 09h52min

Orçamento de 2023 proposto pelo Governo Bolsonaro pode acabar com o CRAS, CREAS, Farmácia Popular e tudo o que protege o brasileiro vulnerável

Tarcísio Sá
Com informações do Site G1 e Estadão
O orçamento do próximo ano é que define como o governo vai usar as verbas públicas durante o ano seguinte, no caso 2023, ou pelo menos, o destino de boa parte destes recursos. Em virtude disso, no fim do ano anterior, se faz necessário que chegue ao Congresso Nacional para análise de deputados e senadores o texto, com a descrição de gastos. O que aconteceu no último dia 31 de agosto.
O Auxílio Brasil que tem sido prometido por alguns candidatos à presidência da República no valor de R$ 600 está prejudicado, pelo menos pelo Orçamento atual. Isso porque o texto previu um pagamento médio de R$ 405,21 por família contemplada no próximo ano, o que não representa nenhum aumento.
O auxílio só poderá aumentar de valor em 2023, desde que o governo descreva de onde pretende tirar recursos para bancar algo em torno de R$ 156 bilhões. Tirando esse fato, acredite você que outros benefícios sociais que são tão importantes quanto o Auxílio Brasil, estão a beira de um colapso.
Está previsto no texto do Orçamento que o Suas receba em 2023 um investimento de R$ 48,3 milhões. E sabe quanto o governo repassou nesse ano para o mesmo sistema? R$ 967,3 milhões. Estamos falando de um corte de 95% nas verbas a serem destinadas para um dos pilares da assistência social no país.
Logo, Centros de Assistências Social como o CRAS e o CREAS serão diretamente atingidos. Seguindo esta linha, o Cadastro
Único também perde porque as unidades que hoje são usadas para que as família se inscrevam no CadÚnico podem chegar a fechar as portas em 2023. E automaticamente a entrada em benefícios sociais corre sérios riscos.

Sistema de assistência social pede socorro!

O que poderá ocorrer no próximo ano com um orçamento tão baixo para os centros de assistência social será uma espécie de apagão. Hoje, o governo federal divide com o poder público municipal as custas destes centros. E com o valor de R$ 48,3 milhões disponíveis para o próximo ano o repasse será feito da seguinte forma:
  • R$ 31,9 milhões para atender a 5.530 unidades do Cras, o que significa uma média de R$ 5,8 mil para cada centro usar durante o ano;
  • R$ 16,4 milhões para o Creas, ou R$ 5,8 mil médios para as 2.824 unidades com esse tipo de atendimento.
Para se ter uma ideia do perigo que este sistema corre, em 2022 mesmo tendo R$ 967,3 milhões disponíveis foi preciso pedir uma abertura de crédito para manter os programas. Ainda assim, o que mais tem sido visto nos telejornais são as filas enormes de pessoas aguardando atendimento na frente do CRAS ou CREAS.

Por Tarcísio Sá com informações do G1 e  Estadão.
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