Pobreza infantil bate recorde no Brasil: 7,8 milhões de crianças até seis anos vivem em lares pobres

Um estudo divulgado por pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul revelou que 44,7%, praticamente 45 em cada 100 crianças de até seis anos, o que significa dizer que sete milhões e 800 mil pequenos brasileiros dessa faixa etária, viviam, ao fim de 2021, em domicílios pobres.
É a maior quantidade de crianças nessa situação desde quando o estudo começou a ser feito, em 2012.
Em termos absolutos, o número de crianças de até seis anos em situação de pobreza aumentou de 6,4 milhões para 7,8 milhões entre 2020 e 2021.
Ou seja, em um ano, 1,4 milhão de crianças passaram a ser consideradas pobres no nosso país.
O estudo também estimou a quantidade de crianças de até seis anos em pobreza extrema: dois milhões e 200 mil – cerca de 800 mil a mais de um ano para o outro.
Para definir as linhas de pobreza e extrema pobreza, o estudo utilizou critérios adotados pelo Banco Mundial.
Arredondando valores para a compreensão ficar mais fácil, domicílios com renda por pessoa abaixo R$ 465 por mês foram considerados pobres e aqueles com renda por pessoa inferior a R$ 160 por mês, classificados como de extrema pobreza.
E, por curiosidade, antes de terminar, no Brasil, a população total estimada de crianças de zero a seis anos de idade é de 17,5 milhões.